TEMA: A crise hídrica brasileira e seu impacto na geração de energia

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Mensagem por moacir.alvees Qui Ago 31, 2017 8:30 pm

Menos machado, mais árvores
A escassez de recursos hídricos, fundamentais para a sedentarização e formação das primeiras civilizações humanas, foi causa da extinção de diversos povos, como os Maias, no México, e os Anasazi, nos Estados Unidos. De maneira análoga, no Brasil, em tempos hodiernos, devido ao relevo e à abundância de água em seu território, a construção, bem como a alto rendimento de usinas hidrelétricas se fizeram indispensáveis ao desenvolvimento econômico do país. Entretanto, a devastação de biomas importantes e a poluição de rios e reservatórios do solvente universal são entraves ao suprimento do aporte elétrico necessário à demanda da população.

Mormente, o considerável desflorestamento da Amazônia e a expansão da fronteira agrícola, especialmente no Cerrado, afetam diretamente os índices pluviométricos de todo o país. Conforme estudos do Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (INPE), as árvores perdem muita umidade para o ar, até dez vezes mais que o oceano por área. Essa desidratação é responsável pela formação dos chamados rios voadores, que deságuam na região central e sudeste do país. Logo, desmatar implica redução de chuvas. Além disso, a evolução da agropecuária e do agronegócio demanda grande subsídio hídrico, tanto à plantação vegetal quanto à produção de carne animal; como boa parte desse mercado é voltada para a exportação, o Brasil, também, vende água. Dessa forma, o volume de rios e represas é combalido, afetando a produção de energia elétrica.

Ademais, os baixos índices de acesso a tratamento de esgoto, também, acentuam a crise hídrica. Conforme dados do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) menos da metade do Brasil tem acesso à coleta de esgoto em casa e grande parte do coletado não é tratado. Evidentemente, esse cenário é consequência da má administração pública das cidades. Todavia, sob o ângulo social, é possível observar prejuízo moral na condição de rios como o Capibaribe e o Tietê, uma vez que, sob a perspectiva da literatura machadiana, em que a ausência de virtudes é inerente ao homem, a presença de eletrodomésticos, móveis e outros poluentes nesses ambientes aquáticos é um legado de miséria. Assim, a inutilização de rios potencialmente notáveis prejudica o proveito do potencial hídrico do país.

Portanto, apesar da fecundidade hídrica, o descaso ambiental faz com que medidas devam ser tomadas para melhorar o uso desses recursos. Sendo assim, é preciso que, na questão do desmatamento, o Poder Executivo, junto ao Legislativo, estimule a fiscalização nos principais pontos de exploração ilegal de terra, coibindo seu extravio; bem como a elaboração e aprovação de uma lei que taxe a exportação de produtos agropecuários e converta seus vinténs em investimentos na instalação de serviços de saneamento básico, com o fito de reaver as perdas hídricas. Outrossim, contrariando o pessimismo de Brás Cubas, é mister que o Ministério da Educação implemente às grades curriculares a disciplina educação ambiental, objetivando reduzir a poluição num futuro próximo. Dessa forma, conservando o regime de chuvas e os rios, a demanda elétrica, essencial ao avanço econômico, será melhor atendida.

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Mensagem por Francis Bacon Sáb Set 23, 2017 11:38 pm

*Redação corrigida, mas esperando resposta*
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Obrigado,
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