TEMA: O desafio da Aids na juventude contemporânea

Com a chegada do século XXI, o rígido controle que os pais tinham sobre seus filhos passou a diminuir, conferindo maior liberdade ao jovem. Essa, entretanto, quando concedida sem a devida conscientização, contribui para o agir irresponsável e, possivelmente, para a contração de DST's. Dessa forma, o problema, que se expressa na quase triplicação dos casos de Aids desde o ano 2000, tem como causas a falta de comunicação entre familiares e o machismo.

O distanciamento entre pais e filhos inibe a conscientização. Isso ocorre pois a estrutura familiar brasileira ainda tem resquícios do tratamento ditatorial antes aplicado, o que dificulta uma aproximação cuidadosa para a abordagem de assuntos delicados ao jovem. Sendo assim, conselhos e valores essenciais à vida do menor acabam não sendo passados, vulnerabilizando-o à situações que requerem tais bases para um agir responsável. Logo, a impossibilidade de comunicação em diversas famílias abre espaço para o aumento da Aids.

Ademais, o patriarcado é grande causador de violações , muitas vezes, disseminando DST's. Isso acontece porque ambos, adolescentes machos e fêmeas, acreditam que o sexo feminino deve submeter-se às vontades do masculino. Nesse sentido, muitos jovens forçam ou convencem as menores a ter relações sexuais sem a devida proteção; além disso, o estupro mostra-se também, como outra forma de espalhar a doença. Assim, o machismo apresenta-se como outro propagador de DST's.

É notório, portanto, que o crescimento da Aids no Brasil de corre de questões sociais e ideológicas mal resolvidas. Nesse caso, o pensamento da nação precisa abandonar seu caráter retrógrado e acompanhar o progresso da sociedade para adaptar-se à atual liberdade da juventude. Dessa forma, o Estado deve promover a comunicação familiar. Isso pode ser feito pela criação de campanhas de prevenção direcionadas não aos filhos, mas aos pais, fomentando a necessidade de que eles insistam numa conversa saudável e realizem a conscientização apropriada. Além disso, o governo deve oferecer maior segurança à mulher, aumentando o número de postos policiais nos bairros. Ademais, o governo deve lutar contra o patriarcalismo, realizando eventos que valorizem o conceito de igualdade de gênero por meio de experiências interativas coordenadas por psicólogos, visando abandonar estereótipos. Com isso, as DST's não só terão seu crescimento reduzido, como também, a sociedade como um todo evoluirá.